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Opiniões em relação ao Prêmio Nobel

Opiniões em relação ao Prêmio Nobel

 

A igreja:

        "José Saramago é uma alma inquieta, de quem espero ainda mais na sua caminhada em busca da verdade. Estou contente, mas preferia que o distinguido tivesse sido Miguel Torga. Nunca li qualquer livro de Saramago, mas fiquei chocado com a forma como tratou a religião católica em ‘O Evangelho segundo Jesus Cristo". É um problema sério de José Saramago. Mas registei com agrado uma expressão recentemente proferida por Saramago, quando afirmou que gostaria de ter fé."

D. António Rafael, bispo de Bragança

 

         "José Saramago é um autor de leitura difícil e muito pesada, que insulta abertamente os sentimentos cristãos. O Nobel podia ter sido melhor entregue. Duvido que os membros do júri tenham lido os seus livros. O Nobel é, no entanto, uma honra para a língua portuguesa."

D. Duarte Pio, pretendente à coroa portuguesa

Outros:

         "Não suporto a escrita de José Saramago. É uma escrita de moda, cheia de humor, mas de um humor baixo. Não suporto essa escrita."

Czeslaw Milosz, poeta polaco, Nobel da Literatura de 1980

 

        "É uma honra ter recebido o mesmo prêmio que José Saramago. Gostaria de felicitá-lo pessoalmente. Encontrei-o o ano passado na Feira de Frankfurt e considero-o uma pessoa admirável."

Dario Fo, Nobel da Literatura de 1998

         "Saramago ganhou um prêmio porque conseguiu conjugar de modo excepcional problemáticas nacionais com questões universais, construindo alegorias, arquétipos e mitos que ultrapassam fronteiras. E fê-lo de modo novo, através de um trabalho de linguagem e de construção narrativa extremamente inovador, que exige do leitor o constante salto do real para o fantástico, do conhecido para o sobrenatural, do prosaico para o insólito, e confronta-o com a multiplicidade contraditória da realidade humana, num clima de plenitude alegórica, de busca moderna e de oscilação ontológica pós-moderna. Saramago ganhou porque é um escritor ‘jovem’. Os dois seus últimos romances são a prova disso: revelam momentos de viragem na sua obra, indiciando que Saramago, no seu percurso de escritor recusa o imobilismo, viaja de modo idêntico às suas personagens."

Isabel Pires de Lima, professora da Faculdade de Letras do Porto

 

         "Penso que o Nobel é um ato de justiça à língua e à literatura portuguesa, que chega, pelo menos, com 20 anos de atraso. Mas já se tinha percebido que, mais ano menos ano, ele havia de chegar e para o receber só poderiam ser Saramago ou Lobo Antunes, os melhores divulgados e promovidos no estrangeiro. Coube a sorte a Saramago, para quem o Nobel ainda chegou a tempo, ao contrário de outros, como Torga, Nemésio ou Jorge de Sena. Pessoalmente, rompo o consenso nacional, porque acho que Saramago escreve muito bem, mas não é um grande escritor. Felizmente, o júri do Nobel não pensou o mesmo que eu."

Miguel Sousa Tavares, jornalista

 

        "Até que enfim! Até que enfim temos um Nobel para a literatura de expressão portuguesa! Foi um ato de justiça, porque a nossa literatura tem uma grande qualidade, tal como a literatura africana e brasileira de expressão portuguesa tem grande qualidade. Mas Saramago é, realmente, um escritor universal. Não nos podemos esquecer que Saramago é hoje o escritor português mais do mundo".

Mário Soares, ex-presidente da República

 

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