Órfão de pai, criado com
desvelo pela mãe, ( D. Glória ) protegido do mundo pelo círculo
doméstico e familiar (tia Justina , tio Cosme , José Dias
), Bentinho é destinado à vida sacerdotal, em cumprimento a
uma antiga promessa de sua mãe.
A vida do seminário, no entanto, não o
atrai, já de namoro com Capitu, filha dos vizinhos. Apesar
de comprometida pela promessa, também D. Glória sofre com a
idéia de separar-se do filho único, interno no seminário. Por
expediente de José Dias, um agregado da família, Bentinho
abandona o seminário e , em seu lugar , ordena-se um escravo.
Correm os anos e com eles o amor de Bentinho
e Capitu. Entre o namoro e o casamento, Bentinho se forma em
Direito e estreita sua amizade com um ex-colega de seminário, o Escobar,
que acaba se casando com Sancha, amiga de Capitu.
Do casamento de Bentinho e Capitu,
nasce Ezequiel. Escobar morre e durante seu enterro, Bentinho
julga estranha a forma pela qual Capitu contempla o cadáver.
A partir daí , os ciúmes vão aumentando e precipita-se a crise.
À medida que cresce, Ezequiel se torna cada vez mais
parecido com Escobar.
Bentinho , muito ciumento, chega a planejar o
assassinato da esposa e do filho, seguidos pelo seu suicídio, mas não
tem coragem . A tragédia diluí-se na separação do casal.
Capitu viaja com o filho para a Europa, onde
morre anos depois. Ezequiel , já moço , volta ao Brasil para
visitar o pai, que apenas constata a semelhança entre o filho e o
antigo colega de seminário. Ezequiel , volta a viajar e morre no
estrangeiro. Bentinho , cada vez mais fechado em suas dúvidas ,
passa a ser chamado de casmurro, pelos amigos e vizinhos e põe-se a
escrever a história de sua vida ( o romance ).
Ao término do romance, Bentinho conclui que