|
D.
João V e D. Maria Ana Josefa, casados há dois anos, empenham-se
para gerar um herdeiro para o trono português.
|
|
Frei
Antônio de São José simula uma premonição para conseguir do rei
promessa de construção de um convento franciscano, em Mafra.
|
|
A
rainha engravida. Sonha com o infante D. Francisco, irmão do rei.
Contam-se milagres dos padres portugueses.
|
|
Passa
o carnaval. Chega a quaresma, tempo de "mortificações"
do corpo (atos de sadismo e masoquismo).
|
|
Chega
a Lisboa, vindo aleijado (maneta) da guerra Baltasar Mateus,
apelidado Sete-Sóis. Com dinheiro de esmolas, compra um gancho e um
espigão para substituir a mão decepada, e trava conhecimento com
João Elvas e outros mendigos e/ou ex-presidiários, com quem passa
a conviver.
|
|
Durante
o auto-de-fé em Lisboa, encontram-se Sebastiana Maria de Jesus
(condenada pela Inquisição), sua filha Blimunda, o Padre
Bartolomeu Lourenço e Baltasar. Após a cerimônia, Baltasar fica
com Blimunda.
|
|
Blimunda
come pão em jejum, para não ver as pessoas por dentro.
|
|
Padre
Bartolomeu - o Voador - procura conseguir uma pensão para Baltasar
Mateus. Enquanto isso, arruma-lhe emprego no açougue e,
posteriormente, leva Baltasar e Blimunda para a quinta do duque de
Aveiro, onde os três vão se dedicar à construção da passarola,
a máquina de voar, que é o grande sonho do padre.
|
|
O
casal vive bem e feliz. Baltasar Sete-Sóis e Blimunda
Sete-Luas (apelido que lhe dá o padre, por ela poder ver o interior
dos corpos) vão tornando realidade o sonho, montando e tecendo a
passarola.
|
|
Na
quinta o padre vem treinar seus sermões; e Domenico Scarlatti sua música
(traz um cravo e delicia o casal).
|
|
Há
novo auto-de-fé, Baltasar e Blimunda vão vê-lo e partem para
Mafra, pois padre Lourenço fora à Holanda estudar ciências (o éter)
para a passarola voar.
|
|
Em
Mafra reencontram a família de Baltasar (pai, mãe, irmã, cunhado
e sobrinhos). Os homens vão trabalhar na construção do convento
(1717).
|
|
A
rainha está grávida novamente (terá seis filhos) enquanto o rei
faz visitas freqüentes ao convento de Odivelas.
|
|
Volta
o Padre após três anos e incumbe Baltasar de reconstruir a máquina
e Blimunda de recolher o éter das vontades humanas e guardá-las
num frasco de vidro com uma pastilha de âmbar (electro) no fundo.
|
|
Há
uma epidemia em Lisboa. Blimunda e Baltasar andam por suas casas,
recolhendo as vontades dos moribundos. Consegue mais de duas mil porém
adoece. O padre some de remorsos e Scarlatti toca vários dias para
ela, até que Blimunda se recupera.
|
|
Padre
Bartolomeu entra em crise teológica e é perseguido pela Inquisição.
Foge e resolvem fazer a passarola voar.
|
|
Scarlatti
chega na quinta atrasado: a estranha trindade já está no ar. Joga
o cravo no poço, enquanto a máquina sobrevoa a costa. O mar,
Lisboa, Mafra e, por esforço de Blimunda, cai sem danos no Monte
Junto.
|
|
O
padre tenta pôr fogo à máquina, é impedido pelo casal e foge.
Baltasar e Blimunda voltam a Mafra e à construção do convento,
que recebera a "visita milagrosa" do Espírito Santo.
|
|
19
de novembro: terremoto e maremoto em Lisboa; morte do padre
Bartolomeu em Toledo, na Espanha.
|
|
Baltasar
começa a beber e a falar demais. Teme problemas com o Santo Ofício.
Descreve-se o trabalho dos construtores do convento por vários
meses. Trabalho duro e anônimo, à custa de sacrifícios e vidas.
Digressões do narrador: histórias dentro da história.
|
|
Baltasar
e Blimunda cuidam da máquina voadora, escondida no Monte Junto.
|
|
D.
João V sonha construir uma basílica igual à de S. Pedro. Desiste
quando percebe que não viveria para inaugurá-la. Apenas amplia o
convento e marca a inauguração para o dia de seu aniversário
(1730). Trabalhadores são requisitados à força para isso.
|
|
Unem-se
as casas reais de Portugal e Espanha, com um casamento duplo. A
festa nos é apresentada por João Elvas.
|
|
Os
santos são levados para a construção. Baltasar e Blimunda estão
envelhecidos, mas ainda se amam.
|
|
Baltasar
vai ver a passarola, depois de meses. Distrai-se, as tábuas cedem,
ele aciona o mecanismo acidentalmente e a máquina voa.
|
|
Blimunda
espera em vão. Por nove anos, percorre terras de Portugal e Espanha
procurando Baltasar ininterruptamente.
|
|
Reencontra-o
em Lisboa, durante um auto-de-fé em que está sendo supliciado também
o brasileiro Antonio José da Silva, o Judeu.
|
|
Blimunda
olha finalmente dentro de Baltasar e chama sua vontade para ela,
pois nada os poderia separar.
|